Para onde vai Angola?

O actual governo de Angola deu mais um passo para destruição das poucas conquistas da nossa história recente, assume querendo acabar com um dos princípios básicos da democracia, a liberdade de manifestação. Não resistindo as ondas de manifestação que já ocorreram e as que poderão ocorrer no futuro, o medo paira nos círculos do poder e o recurso a sua bancada parlamentar parece óptima para legitimar e normalizar a ditadura trajada de democracia. A maioria parlamentar ao aprovar a lei sobre o crime de vandalismo de bens públicos, assume a autoria da arquitectura e da luta contra a democracia, manifestando ódio a ela e por via disso condicionar os princípios básicos do Estado de Direito.
Acossado por denúncias de todo tipo, e que para os crimes de corrupção e peculato a atenuação parece provar que os crimes desta natureza, em nossa realidade compensam. O agravamento da pena pela vandalização de bens públicos mostra claramente a quem a mão pesada da justiça deve pesar e em relação a isso não temos dúvidas sobre as prioridades do governo que certamente pretende combater a consequência e não as causas dos roubos que vemos acontecer em quase todo o País.
O governo já mostrou sua incompetência para administrar o país, disso não temos dúvidas, agora avança para mais uma investida, contrariando tudo e mais alguma coisa, com o propósito de colocar em oposição o medo e a coragem dos que assumirão as próximas bandeiras para fazer face ao desmonte do Estado. Essa cultura de medo que se quer desenhar visa de igual modo concretizar a pauta do regime para acalmar e controlar as classes dominantes do país, uma maioria que vem mostrando ter ganhado consciência política.

Embora fundamental, a lei peca nos excessos que trás se formos a pensar nas consequências que o roubo público causaram e continuam a causar aos angolanos. Até hoje os angolanos não sabem quanto é que foi recuperado com o combate a corrupção e onde é que estão sendo investidos os dinheiros recuperados. O país continua sendo destruído em benefício de uma elite que se conforta à custa do povo.
E relação a teoria da destruição não é tudo. Outras reformas vão acontecer,tudo por conta da manutenção do poder, desde as reformas políticas e administrativas , como é o caso da proposta do executivo sobre a Divisão política e administrativa ,uma proposta com viés eleitoral. Outra investida contra o desmonte do Estado está a política das privatizações para confortar interesses e carimbar o Estado mínimo. A privatização dos serviços e empresas públicas, patrimônio do povo, já está anunciada sem que fosse solicitado o povo soberano. Ela está em curso…
Angolanas e angolanos, o País continua não dando sinais de mudança e os sinais contra o progresso social são visíveis.

Se queremos mudanças, cada angolana e angolano tem que ser um ator da mudança. Assumir a luta como parte de si ,assimilando tudo aquilo que concorre para o objectivo comum.
Unidade e firmeza são as palavras de ordem.

Secretário Geral do Bloco Democrático.
Muata Sebastião

leybnyz

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